31 maio 2009

1#Desafio


Um feliz e sincero obrigado à Inês [http://mondaysproject.blogspot.com/] pelo desafio proposto; sabe sempre bem pensar nas coisas boas que nos aconteceram!

O que me é pedido:

1.Publicar a imagem do selo e linkar o blog que o passou;
2. Escolher 5 situações na tua vida que mereciam ser repetidas em câmara-lenta;
2. Passar o desafio e o selo a 12 blogues e avisá-los .

As Boas-Lembranças:

Os dias no Rock in Rio, Os assaltos ás piscinas das grandes vivendas, Todos os momentos passados com a minha irmã e As férias de Verão perto dos amigos.

Os Blogues: Bem esta opção é Livre, quem quiser recordar, está á vontade para assim o fazer :D
Não encaro bem isto como sendo um desafio, mas mais um regresso ás boas lembranças, faz nos sempre bem relembrar...relembrem e voltem a recuar no tempo!



Bom Domingo.

Silvana x)

27 maio 2009

Hoje apeteceu-me...

Andei por casa a remexer os livros, a cheirar-lhes o pó do passado, a passar-lhes os olhos pelas letras, a bisbilhotar as histórias e os sonetos que me inspiram fantasias.
Tacteei cada livro que estava na estante, percorri-os, um a um, com o meu olhar atento e feroz, de repente…parei naquele, capa bege, letras embaciadas pelo tempo, folhas creme, cor de Primavera… Sonetos de Florbela Espanca…folheei, folheei, …

"Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!

Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quirneras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!

Tu chamas ao meu seio, negra prisão;
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...

Não 'stendas tuas asas para o longe..
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela,a soluçar..."



Isto deixou-me maravilhada, fixei os meus olhos, deixei-os ali, no encanto da magnificência da poesia...tudo tão profundo… fascinante…intenso…sublime!


Florbela Espanca, Anseios.

24 maio 2009

Conversas de Café


Duas mulheres, uma de baton vermelho e outra com gloss rosa.
Uma mesa, dois cafés, um pastel de nata e uma revista da Vogue.

- Olha, esta semana fui limpar o meu Karma.
- A sério!? E então, como é que foi?...
- Correu mesmo bem. Tinha o Karma tão pesado, nem imaginas!
- Como é que te sentes agora?
- Lindamente! Estou completamente leve…limpa, ténue e contente.
Tenho uma alma completamente nova, devias ir experimentar, vais ver que te sentes melhor!

Quando ouço estas coisas, fico de boca aberta.
Só para dizer que isto da “Limpeza de Karmas” anda a dar que falar.
Estas coisas das impurezas e das purezas…pois, pois, tem muito que se lhe diga.
Talvez eu esteja é a precisar de uma limpezazinha, quem sabe!

21 maio 2009

Stress Pré-Férias

Conta-se as semanas, os dias, as horas, os minutos, os segundos…...todos os ínfimos momentos são um tormento. Tanta coisa para se fazer em tão pouco tempo! Neste momento, é como se o tempo fosse uma bomba-relógio. E cá bem lá no fundo vive um grito de revolta, um grito de angústia…um grito de desespero…

"EU QUERO FÉEEERIIIAS!"

(malditas últimas semanas!)

17 maio 2009

Este é Romeu, o tirano impiedoso.


«Encostei-me á parede, num acto de altivez.
Era mágoa nas janelas, a assombração estava no chão e o pavor, esse, estava em mim.
Roguei-te inúmeras pragas…lancei-te maldições e sorri no ímpeto da cólera.
Dá-me gosto ver-te prantear…afoga-te mais uma vez, este é o nosso circo, tu és o gladiador e eu a fera mortífera.
Cravo-te as mãos no coração e digo-te que “não”, desta vez eu não me deixo levar.
Imploras a vida com o teu olhar, choras por um pedaço de ar e fazes-te vingar.
Sentes o céu a quebrar?
Cais no chão…é o peso da dor, é o peso…é o peso cortante do desfecho.
Eram paredes cheias de agonia, o suor do sofrimento escorria por ali abaixo.
Tens a alma na lama, a vitória sempre foi dos bárbaros, dos mais fortes, daqueles que aguentam com muros em cima.
Sacrifica o teu corpo! Mostra que vales o que dizes, tortura as tuas capacidades.
Vá lá, quero ver-te mendigar como um pobre pedinte que não tem onde cair morto.
Entre panos vestidos de vermelho, são os toques da carne, os rasgos da pele, os bramidos de dor que me dão prazer.
Esfrego esses macios cabelos pelo chão e delicio-me com aquele odor.
Rasteja pelas paredes, que eu quero ver.
Esta é a minha raiva de ti.
Caceia-me a sede, tenho sede, quero beber dessas gotas que caiem dos teus olhos.
Sugo-te a alegria de um modo feroz.
Tentas fechar o teu corpo e fugir.
Esta minha secura de coração é nefasta.
Sabes que é só mais uma farsa para aliviar o sentimento fastidioso da tua ausência.
É a frustração do “não poder fazer nada”, do,”já nada pode ser feito”.
Sabes que é só um disfarce…sabes que estas artimanhas são emboscadas de impostor.
Esta minha sanguinolenta alma não corresponde ao meu medo egoísta.
Sinto-me cruel e seco, engano-me a mim próprio e riu-me da minha demência.
Continuas a destruir tudo o que há de bom em mim, este é o meu ódio de ti.
Porque no final…”o chão que pisas sou eu”. »

13 maio 2009

Mensagem da Semana IV


"A única maneira de teres sensações novas é construíres-te uma alma nova."

"Livro do Desassossego"
Bernardo Soares.

09 maio 2009

Clandestina metade do meu ser.


As despedidas sempre foram pequenos rasgões de sangue.
Já sabia que tinhas partido e que tinhas levado tudo contigo…levas-te a minha alma, o meu coração…a minha esperança.
Não tenho culpa…ando pelo quarto e vejo cacos e pedaços de mim…levaste-me contigo, deixaste-me inteiramente desmoronada.
Eu não moro mais em mim, trancaram-me as portas.
Eu ando pela sala…eu perco as horas, eu fecho a porta, eu abro a janela…eu já não sinto a minha presença, já não sei quem sou.
Levas-te uma parte de mim…já não estou inteira.
Sinto-me não existir.
Eu em pedaços…eu em fragmentos…eu em bocados…eu em restos…eu em ruínas.
Mas será que me quero encontrar de novo? O que ganharia eu com isso?...
Derramei-me no chão e ali fiquei.
Os soluços erram ensurdecedores e as lágrimas já tinham formado pequenas poças no chão.
Nem que feche os olhos e veja o teu vulto nos meus sonhos…isso não me chega, isso não me consola e nem sequer me apazigua.
Não quero a minha metade! Não preciso dela!
A tua luz já nada me diz.
Quem te disse a ti que eu queria um retorno?
Se poder esconder, esconderei…mas se não conseguir esquecer, omitirei.
Que luta constante…que luta.
Serei eu uma sobrevivente…?
Eu sinto-me desaguar por dentro, sinto-me partir, sinto-me esvoaçar.
Perdi-me…ando por ai á solta, ando pelo mundo, ando pelo infinito.
Percorro as margens cegas de um passado.
Não sei…não sei mais nada.
Cheguei a um ponto em que prefiro ficar inerte, desejo ficar na apática alienação da tristeza. Deixa-me no meu canto, fui eu que o escolhi, e lá ficarei.
É tarde demais, é.
Incendiaste-me o coração…estou toda eu em chamas, em loucas labaredas, flamejo pelos cantos, amargurada e ferida.
Sabes o que é sentir que me perdi num interminável labirinto de desalento?
Sabes o que é acordar e nem sentir o calor da seda dos lençóis?
É a apatia, a fraqueza, a frouxidão, a dor. É o fim.
Não fico mais nesta asfixia torturante.
Tu segues em frente, levas bocados e trapos do meu ser. Eu aparo as fendas e varro o passado contingente.
É um adeus, eu sei que é.

“Em busca do destino a pessoa descobre-se a si mesma.”

Eu quero-me encontrar, …eu vou-me encontrar, eu vou-me descobrir e em mim ficar.
Já ouço o tilintar da esperança, é o som promissor da expectativa feliz de um sorriso.
O ontem já foi, quero é o agora, quero é o amanhã.

06 maio 2009

O que nos rodeia.


Vivemos num individualismo muito cru.


"As pessoas são levadas a acreditar que a promoção do conforto físico e das aparências é o que mais conta. Existe uma desvalorização do conforto afectivo e moral. Existe a ideia errada de que podemos ser felizes sozinhos ou, pior ainda, contra os outros. "


isto é o que é a nossa sociedade.

José luís Peixoto