30 abril 2009

...O Poder da Música

Para ouvir com a cabeça aconchegada á almofada, de olhos fechados para melhor aproveitar, sentindo o poderoso rasto da música…ela vai dominar a vossa alma…vais-vos tocar, vai-vos fazer pensar, vai pôr-vos a flutuar…vai deixar-vos no deserto da inconsciência…nas brumas da imaginação…longe de tudo e de todos…só vocês e a música.
Sintam aquela paz interior, aquele bem-estar que é capaz de voz iluminar o coração, nem que seja por breves segundos…deixem-se levar.
Quem disse que as palavras valem mais que o som?
O som é como um relâmpago.
Fervilha-nos a alma.

Vejam…e oiçam.
Façam bom proveito. ^^
Desejo-vos um fim de semana em grande.



Sigur Rós - Sæglópur from sigur-ros.co.uk on Vimeo.

25 abril 2009

Tudo isto se resume a isto.


“Quando acordei senti o cheiro dela e lembrei-me do seu pestanejar ao anoitecer.”


[Eu não era egoísta.
Era apenas só mais um…sonhador]

Não eras igual a ninguém, eras mais, e isso incomodava-me de uma maneira imoderada.
Comecei a ficar com a cabeça cheia de ti…
Não sei bem porquê, de repente já eras um oceano e eu um simples peixinho perdido no teu mundo.
Eras desprendida, conseguis-te eclipsar-te num ápice e deixar-me assim, inconsolado.
Senti uma terrível tristeza…e um abandono.
Afinal quando é que me irias deixar abrir o teu coração e contar o que te inquietava.
Eu queria ajudar-te, amparar-te! Estive sempre ao teu lado…mas isso não mudaria nada, pois não?
Continuavas a fechar-te na tua concha, não me deixavas respirar do teu ar, querias que me fosse embora…querias ficar só…no teu, triste e apático mundo.
A tua vida estava-se a tornar miserável, e sabes que mais? A tua miséria queria apoderar-se da minha ilusória esperança…conseguiu? Infindavelmente.
Aconteceu tudo numa vertigem, quando dei por mim, já tinhas deixado um recado no meu coração…
Tinha medo de ficar demasiado perto de ti, queria entregar-me ao silêncio, fugir do perigo que o meu coração sentia.
Mas já era tarde.
Percorri inúmeros caminhos ao teu encontro…
Chamei pela tua alma…gritei por ela com sofreguidão.
Esse teu fascínio indeciso dava cabo de mim!
“Queria estar contigo e afastar-me para sempre”.
Esqueceste a pouco e pouco o meu amor.
Já nem sequer lhe davas valor.
Eu fiquei cansado, malogrado, desfeito…tornei-me o pior dos infelizes.
O vazio que deixas-te em mim com a tua ausência era mortal.
Não te pedi que deixasses de ser quem eras, apenas queria fazer parte disso.
Deixaste-me ao frio na solidão…desprotegido e só!
Era tudo tão claro, que já nem a escuridão existia.
Afinal de contas, eu não era nenhum herói, nem sequer um guerreiro.
Era um mero e destroçado …lutador, rendido e desfeito.


Porque eu sei o que sentias.
Sinto…muito.
O medo é mortífero.
Apodera-se do raciocino e dos sentimentos.
Hoje eu peço desculpa, hoje eu dou valor.
Mas hoje…hoje é tarde.

21 abril 2009

Estamos numa maré de ofertas...

Decidi prestigiar alguns blogs que tenho andado a acompanhar.
Agradeço-lhes imenso por partilharem connosco maravilhosas coisas e belíssimos trabalhos.
Fiz os meus próprios prémios e classifiquei-os á minha maneira e aqui estão eles.


Fantastic Blog!
Coisas da Minha Vida
http://algumas-coisas-da-minha-vida.blogspot.com/
I Can't Call For Help.
http://sararpereira.blogspot.com/
Three Hundred Excuses
http://300excuses.blogspot.com/
Amor-Combate
http://ochaoquepisas.blogspot.com/



Este Blog é um Mimo!
We'll be Playing and Having Fun
http://hayleysgoodbye.livejournal.com/
My Diary
http://pink_world.blogs.sapo.pt/
Holy Smokes
http://fnholysmokes.blogspot.com/
Red Heads & Green Minds
http://wehavegreenminds.blogspot.com/



I Love your Blog
Coloredleaves
http://thesmallcordn.blogspot.com/
Manhãs de Inverno
http://notbraveenough.blogspot.com/
O (Secreto) Ritual
http://sunshine-letter.blogspot.com/
Pensamentos Rascunhados
http://letrasetons.blogspot.com/


e por fim...
Este blog é INOVADOR!
Expressividade
http://expressive-zone.blogspot.com/
Falta-me o Papel
http://apetece-meblogar.blogspot.com/
00h00
http://zero-horas.blogspot.com/
D’um Detallhe
http://fairy-tale-torn.blogspot.com/


Felicito todos os blogs e peço-lhes que continuem com o belíssimo trabalho que têm andando a fazer.

Muitos Parabéns.

Silvana .B

17 abril 2009

Visita Relâmpago

Acordamos de manhã e somos surpreendidos por uma enorme vontade de querer vaguear.
Pegamos no carro, levamos um Guia, um mapa e seguimos caminho.
Nada mais importa…temos é vontade de seguir caminho e espairecer.

Foi exactamente isso que aconteceu!
A minha irmã acordou com vontade de ir conhecer um sítio novo, e depois sugeriu…”- E se fossemos a Évora?!”
Assim o fizemos, lá fomos nós caminho fora com imensa vontade de querer explorar.
Uma necessitada fuga da cidade para o campo…
Faz sempre bem sair um bocado das “masmorras” e ir passear, descobrir e conhecer novas terras.
É sempre bom ver algo novo e diferente.
Fizemos uma viagem não muito longa, acompanhada de uma paisagem lindíssima…muito verdejante e campestre.
Parámos em Beja e ainda comemos uns bons bolinhos.
Passado 2 horinhas e meia já tínhamos chegado ao nosso destino.
Bem, mal chegámos a Évora…apaixonei-me logo por aquilo!
Era uma cidade no campo, se é que me percebem.
Nada de extravagâncias e aberrações, coisas muito simples e ao mesmo tempo encantadoras, não se viam monstruosidades nem correrias.
Tudo á nossa volta era belo…não havia nada que pudesse estragar toda aquela beleza da Natureza e tudo estava no seu estado mais natural e genuíno.
Uma cidade extremamente calma…não haviam confusões, nem ruídos, nem nada dessas coisas. Tinha um ambiente muito acolhedor, muito suave e agradável…bem, adorei mesmo!
Fomos visitar alguns sítios emblemáticos da cidade…tais como a praça do Giraldo, o Convento dos Lóios, o Templo de Diana, o Jardim da cidade, a Catedral …e a cidade em si.
Évora…Évora…que cidade! Que fabulosa terra! (Fartei-me de tirar fotos! Se quiserem ver:http://hugsininho.deviantart.com/)
Aquela cidade tem tudo! Tanta grandeza histórica e cultural, coisas fascinantes que ainda hoje se mantêm vivas e acesas.
E assim passei o meu dia, e foi bem bom! Para não falar da Gastronomia! Maravilhosa comida…as famosas migas e o bom pão alentejano!
Vão a Évora…vale a pena! Vão decerto adorar, tal como eu.
Restaurantes, monumentos, cafezinhos, eventos culturais, aquele povo amável! …
E aqui fica uma sugestão minha altamente recomendada!

Évora
É a brancura
de tua veste
que me ilumina
o coração
És neve puraque o sol aquece
Moura encantada
dormes no seio da
solidão

12 abril 2009

Baladas da In-consciência


Percorri o corredor e deixei-me levar pelo ambiente alheio…
Via rapazes a entrarem pela porta das urgências, ouvia gritos de agonia, famílias desesperadas na sala de espera, velhinhas desorientadas nas enfermarias, cheirava-me a angústia, médicos com feições de mármore, crianças a pedirem um sorriso, homens em macas desfeitos, alvoroço e inquietação…ouvia mais uma vez um choro inerte e dolorido…
Nunca gostei de hospitais…vinha-me sempre á memória um calvário de esperanças, talvez já em cinzas.
Que lugar horripilante era aquele…tão hostil e atroz.
Sinceramente, eu não queria estar ali…
Acabei por ser arrastada pela minha pouca motivação e entrei no consultório do médico.
Do outro lado estaria um homem amável e generoso á minha espera, ele iria ajudar-me, iria apoiar-me e consolar-me.
“- Bom dia!” – o médico levantou-se da sua cadeira, estendeu-me a mão e sorriu-me com doçura.
Sentei-me na cadeira que me indicou e pousei os meus olhos nos seus, sem nada dizer.
Tinha um rosto invulgar, mas bastante afectuoso, até a sua bata branca me transmitia serenidade.
Conseguia notar uma certa preocupação no seu olhar, eu sabia muito bem o que esperar.
“ – Vejo que hoje está bem disposta.”
Acenei afirmativamente.
“ – Já fiz mais alguns exames…”
“ – Sim, eu já sei que tem andado a melhorar a passos largos.”
Voltou-me a sorrir, desta vez mais calorosamente.
Decidi retribuir o sorriso, forçosamente.
Apertei uma mão contra a outra, com muita, muita força até doer.
Não conseguia esconder todo o meu medo, era demasiado penoso…
“ – Tem que continuar a ser forte. Não pode deixar que esta doença se volte a apoderar de si.”
Olhou-me nos olhos e manteve-se sério.
Eu escondia a minha inquietação…olhava ao meu redor, aquele lugar era definitivamente estranho.
Janelas sem vida…desenhos asquerosos nas paredes pálidas…odores a sofrimento vindos do exterior…tudo aquilo metia medo e dava vontade de fugir.
Ele conseguia ler os meus pensamentos, estava atendo a cada gesto…ténue e sem remorsos, pressentia a minha dor, o meu medo…e sofria comigo.
“ – Eu tento, cada dia da minha vida, eu quero…muito. Eu sei que a minha doença é grave…”
Inspirei fundo e enfrentei a realidade.
Esconder, omitir, disfarçar, renunciar, mentir…já nada disso resultaria.
“ – Tem sido uma grande lutadora. Só tem que continuar a lutar com todas as suas forças. Sabe que se pode afastar deste abismo…ele não é eterno.”
Não saberia ao certo se isso seria verdade.
A dor era febril e manipulava-me agora o coração.O médico aconchegou as suas mãos, grandes e secas, ás minhas, pequenas e frágeis.
“ – Lute, seja forte…é por si. Não é por mais ninguém.”
“ – Eu não quero que esta doença se apodere de mim, me absorva e dê cabo de mim…eu não quero.”

A nostalgia abria-me agora as cicatrizes outrora já tapadas e cerradas com sacrifício.
Ele ouvia-me com extremo cuidado, embevecendo cada palavra minha.
Eu vi-o um pouco perdido e estonteado nesta luta…queria dar mais de si, queria dar tudo de si, mas ás vezes nem o “tudo” é suficiente.
“ – Seja forte, seja forte como sempre foi. Não desista!”

"o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura..."
03:00 da manhã…acordei sem qualquer vestígio de um lençol…ou de uma almofada.
Nada disto é efémero… Tu és a minha Doença, sempre foste o meu cancro.
Não há comprimidos nem cirurgias que me salvem de ti…
Queres tomar conta do meu ser...e consumir-me o que me resta.
Mas isso eu não vou deixar...vou tomar um analgésico e amanhã já nem me lembro, amanhã já não haverá dor…nem doença sequer.

explosions in the sky - inside it all feels the same

06 abril 2009

Mensagem da Semana III


"Nada garante que no futuro teremos uma vida melhor e mais feliz do que a que vivemos hoje."
Dalai Lama



Por isso, há que aproveitar a vida...
Há que aproveitar o momento...
Vamos aproveitar a vida!
O dia de amanhã...o hoje!
Vamos dar-lhe sentido!
Vamos dar-lhe valor!
Vamos!

05 abril 2009

"Tudo o que temos cá Dentro."

«…apetece-me encontrar-te de novo no caminho.»

[Não houve caminho nenhum, Rita, tenho sonhos cruéis, fugi do corpo que me deste, se me ouvires chamar não venhas, com certeza não vou chamar-te, deixaste-me sozinho a chorar a dor de cada um de nós…]


Já alguma vez leram um livro e sentiram que ele passaria a fazer parte de vocês?
Que ele se tinha tornado algo especial...único...quase humano!
Foi exactamente isso que senti quando li este livro.
Já o li umas 20 vezes, e nunca me canso...
Um dos livros mais lindos que se pode encontrar por ai…
Foi um dos poucos livros que depois de ler senti realmente me conseguiu abstrair da realidade e entrar no mundo onde o sentir é o expoente máximo, onde eu conseguia criar uma ligação com as personagens e sofria com elas.
É verdade!Este livro teve o dom de conseguir fazer-me sentir algo...transformar as palavras em sentimentos, melodias, sons, gestos, conseguir transpor o abstracto e torna-lo realidade, tocar-me e brindar-me com a incrível experiência de sentir e fazer parte da história...ser tocada por algo que me fez estremecer de dor...de felicidade...de alegria…de mágoa…
Conseguir admitir que um livro consegue despertar coisas incríveis em nós, de nos deixar pasmados...incrédulos...rendidos…
Tocou-me com toda a emoção que alguma vez possamos imaginar…foi envolvente, empolgante, mágico, emocionante…explora o mais profundo que há em nós, o que lá encontramos, o que lá procuramos enterrar, o que somos, o que preferimos ser, o que pensávamos ser e não somos…mas sim o que temos cá dentro…"Tudo o que temos cá dentro".

Resumidamente, este livro conta-nos a história de dois jovens...uma relação…dois pontos de vista completamente opostos.
Nuno e Rita são aqui o alvo das atenções.
Nuno é um jovem como outro qualquer, sem nenhuma característica especial que o possa diferenciar dos outros, com alguma pressa de viver, de experimentar, de conhecer, antes que o momento passe.
Rita, é uma rapariga que se envolve muito na vida, que a agarra com toda a intensidade e que cedo se apaixonou de forma irremediavelmente marcante.
Os seus caminhos cruzam-se…
Nuno, questiona-se sobre os seus sentimentos, é um incompreendido que tem medo de compromissos e que quando a coisa começa "a ficar séria" tem tendência a fugir. Aparentemente, é o seu próprio alvo, o alvo das suas intermináveis dúvidas, mas não estará apenas a descobrir-se de forma igualmente irremediável?
Rita, segue em frente sem pensar nos “porquês”, quer deixar-se levar pelo seu coração e lutar por aquilo em que realmente acredita.
Uma vez caminhos cruzados…consensos formados.
Mas será que somos capazes de admitir que fomos “derrotados”, sem uma pitada de orgulho nas entrelinhas?
Quando pensamos demais e achamos que nós somos os donos de nós próprios, dos nossos sentimentos, dos nossos actos e nos esquecemos do coração…do dito cujo, destino, que nos acaba por pregar partidas perigosas e das outras pessoas, essas que nos dizem alguma coisa, e a quem devemos algo. Será que somos capaz de lutar? Ou vamos ficar apenas pela mentira?...

Bem...leiam, porque vale a pena :D
Tudo o Que temos cá Dentro – Daniel Sampaio

02 abril 2009

- Insonolência Propositada –


Silêncio aniquilante, Noites amordaçantes e Precipícios arruinados.


É meia-noite, enquanto as luzes lá fora continuam ligadas e a brilhar, eu mantenho-me acordada.
Revolvo-me por debaixo dos lençóis, e não consigo pregar olho.
O barulho ensurdecedor dos cães lá fora, o incomodativo ranger das portas, a exaltada luminosidade do quarto, o irritante pingar das torneiras, a barulhenta aparelhagem do vizinho, o tiquetaquear do relógio, a minha leprosa dor de costas…e tu…
Tu, que te mexes e te agitas contra mim.
Eu tento fechar os olhos, mas tudo á minha volta me perturba.
O dia-a-dia já é estafante o suficiente. Mortifica-me.
Chego ao fim do dia e quero é dormir, descansar em paz…mas nada me deixa, nada é pacífico e calmo.
Na clandestinidade da noite o meu corpo inflamado permanece activo.
Detêm-se vestígios dos 5 cafés que tomei ao longo do dia, pedaços de fumo, fragmentos dos calmantes e do cheiro da cidade.
O meu corpo ainda tem os restos da rua, do stress, do ruído…
O ranger da cama, de cada vez que te viras, o teu ressonar, o teu respirar, o calor do teu corpo…tudo isso me atordoa.
Vestígios indeléveis, rodopios constantes, odores gasificados, rotina assombrante, fragores estridentes…
As noites deveriam trazer-me a paz que necessito, o repouso, o conforto, mas nem isso o fazem.
São frias, agitadas, cruas, desconfortantes…
Será que o dia resolve o problema? Esse…esse é o originador da “rotina absurdamente incoerente”.
O mais triste é o facto de já nem a noite me agradar, tudo é tão incomodativo e desesperante que me deixa totalmente descontente.
Até tu me importunas a meio da noite!
Nesta noite algo insípida, como tantas outras, és tu o causador de todo o meu desassossego.
No meu quarto, estendida sobre a cama, perdida no desespero do noctambulismo, olho mais uma vez o tecto, certificando-me de não estar a ter visões ou estar a ouvir coisas.
Sim, és tu que eu ouço. Sim, és tu que eu vejo.
Podias indemnizar-me, sabes que tenho direito a um subsídio de paz!
Dá-me a minha tão necessitada paz…deixa-me!
Ouço o bater das janelas, ferozmente arremessadas pela força do vento.
Os olhos ardem-me, estão secos, tão secos que quase não consigo ver nada.
As mãos tremem-me incontrolavelmente.
O silêncio mantém-se soberano no quarto.
Ainda agora a noite começou, e vai ser longa…longa e agoniante.

Nota: Talvez seja assim que daqui a uns 10 anos vá passar as minhas belas noites.
Que ponto de vista super optimista, não? Enfim.